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Artigos Ambientais

O MAU HÁBITO DO MARUJO E O BOM EXEMPLO DO MARUJÁ!

10 de Dezembro de 2008

Partindo da Ilha de Cananéia, em direção a Ilha do Cardoso, núcleo do Pererequê, eu e Zeca iniciamos uma jornada com um percurso de 28 km entre praias, costões, trilhas, rios e cachoeiras, atravessando o Parque Estadual da Ilha do Cardoso. Foram 9 horas de caminhada em uma paisagem deslumbrante, com a vista entre as montanhas verdejantes que se debruçam pela orla da praia e a ilha do bom abrigo, ao longo da encosta azul do mar, trazendo o passado das naus portuguesas ancoradas em tempos idos, eternizadas no monumento de cimento com o símbolo da nação portuguesa erguido de fronte á ilha, sobre as pedras, no continente. Além das várias espécies da fauna e flora da mata atlântica, durante o trajeto, o que mais surpreendeu estes dois andarilhos movidos pelo desejo de estar em comunhão com a natureza, foi a quantidade de espécies industrializadas lançadas pela mão do homem, por toda a extensão da ilha: - são centenas de garrafas de vidro, garrafas plásticas de refrigerantes e óleo de cozinha, lâmpadas, chinelos, sapatos, galões de óleo, garrafas de água, potes de manteiga, milhares de sacolas plásticas, pilhas, frascos de perfume, latinhas de cerveja e coca-cola, entre outros, enfim, lixo produzido essencialmente pelas embarcações que singram a costa litorânea, em busca de diversão e principalmente, em atividade de pesca profissional. Na vila da Marujá, a pequena comunidade, com vistas à temporada de verão, pensando no bem estar do turista e principalmente, com o objetivo em dar boas vindas e causar boa impressão, parte dos ribeirinhos se organizam para limpar a fonte de captação de água potável, rio acima, e parte constituída por mulheres e hoteleiros realizam o trabalho de limpeza da praia, num trecho de 3 km, coletando os objetos dispensados pelas embarcações e armazenando-os em enormes sacos de lixo, para posterior envio à Cananéia, através da embarcação de transporte fluvial operada com maestria pela Dersa, servindo aos ribeirinhos. Quiçá as autoridades portuárias ou até mesmo da vigilância sanitária do município possam, um dia, vir a fiscalizar o lixo produzido pelos barcos pesqueiros profissionais e amadores, assim como os de lazer, quando da saída das embarcações do porto e ao seu retorno, seletivamente, realizando a coleta enquanto poder público, preservando a natureza desses objetos indigestos. Com certeza, os moradores da pequena comunidade de pescadores da Marujá poderiam festejar, com muito peixe, pirão, farinha e camarão!

Itamar Ernesto Martins Zwarg

Bacharel em Direito USF

Presidente IEZ

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TARTARUGAS & PINGUINS – ARMADILHAS MORTAIS

Não é de hoje que a mortandade de pingüins e tartarugas vem ocorrendo com mais freqüência. Sabe-se que nessa época do Ano, o frio intenso no sul e as correntes marítimas atraem os pingüins para uma jornada migratória, de longo alcance, muitos deles atingindo o litoral da Bahia. Esse fenômeno natural sempre existiu, embora com uma intensidade menor. O que preocupa os especialistas e biólogos, é o aumento de casos no litoral sul paulista. Muitos fatores contribuem para a crescente mortandade de diversas espécies de animais marinhos, mas a falta de alimento é uma das suas principais causas. Antigamente, o emigrante podia desfrutar de imensos cardumes de sardinhas, cavalinhas, pequenas tainhas, trilhas e mantas de manjubas doiradas, ao longo da costa oceânica. Com o avanço da indústria pesqueira, com seus barcos modernos equipados com radares e GPS do último tipo, a safra praticamente desapareceu. Esgotados, sem encontrar comida para repor as energias da longa travessia, esses animais padecem por exaustão e desnutrição. Afora isso, consomem o que surge a sua frente, como plásticos, sacolinhas e outros objetos que se assemelham a água-viva, levando-os a morte. As tartarugas ainda convivem com um inimigo mortal: as redes de pesca armadas ao longo da costa brasileira, que é o seu habitat preferido, por fornecer pequenos peixes, crustáceos, entre outros. Infelizmente, as redes estaqueadas nas praias fazem a captura desses animais, levando-os a morte por afogamento. Acabam sendo degustados na forma de sopa, por se tratar de uma iguaria com paladar diferenciado, muito apreciado por pescadores artesanais. Esse costume, embora realize o aproveitamento da carne e evite o desperdício, poderia ser evitado, mediante a pesca por arrasto ou caceio, com a presença do pescador no local, dando possibilidade de sobrevivência e reintegração da tartaruga ao meio ambiente, preservando a espécie.

Itamar Ernesto Martins Zwarg

Presidente IEZ

Peruíbe/SP 18/08/2010.

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REMANESCENTES DA CULTURA CAIÇARA – AÇÃO CIVIL PÚBLICA 441.01.2010.001767-0 1 VARA JUDICIAL CIVIL PERUIBE

A Estação Ecológica Juréia-Itatins, criada pela Lei Estadual nr 5649/87, está sendo palco de uma discussão Jurídica por força de liminar concedida através de ação civil pública, determinando a retirada dos moradores de dentro da área de preservação ambiental. Esse embate requer um estudo mais completo sobre a situação das comunidades caiçaras existentes à mais de 200 anos na região, com seus costumes, folclore e tradições, agricultura familiar e sobrevivência mediante a exploração dos recursos naturais sem a sua degradação. A questão principal do tema não é o seu enquadramento jurídico na legislação ambiental; mais do que isso, é a responsabilidade social e o respeito ao ser humano integrante do eco-sistema. Não dá para imaginar o Homem distante da sua terra natal, de seus valores, da sua origem, da sua história. Irrelevante tratar-se de Estação Ecológica, Parque Estadual ou Mosaico, que seja; mas acima de tudo, a preservação do meio ambiente, e nesse contexto, inserido o ser humano, deve estar acima dos interesses jurídicos, por infundada a Lei. Um mau exemplo disso foi a alteração da legislação atual sobre reserva legal, aprovada no novo código florestal brasileiro, um retrocesso em questões de preservação ambiental. Os remanescentes da cultura caiçara, esbulhos do Estado pensante, sequer imaginavam serem alvos, em pleno século XXI, de injusta e lesiva arbitrariedade. Entretanto, cabem as entidades e instituições não governamentais, a possibilidade de levantar uma bandeira pela permanência dessas pessoas em seu habitat natural. Na pequena vila da Barra do Uma, em torno de 46 famílias sobrevivem da pesca e de pequenos comércios voltados ao eco-turismo. Ao município, encarrega-se de fornecer transporte, posto de saúde e educação primária. Não há nenhum custo ao Estado, ao contrário. O Estado, por obrigação moral e ambiental, deveria possibilitar aos remanescentes o direito de escolha. Poderia, através de uma política saudável de equilíbrio financeiro e ambiental, estender um benefício social, nos moldes do programa bolsa família, voltado àquelas pessoas que desejassem permanecer em sua habitabilidade, porém com a nobre missão de defender e preservar a natureza, sem precisar explorar seus recursos naturais. "Neste propósito, nos ensina o professor e ambientalista:". A vida simples e bem coordenada com o "ritmo da natureza é um exemplo que os caiçaras querem ensinar aos invasores". ( ERNESTO ZWARG ).
Itamar Ernesto Martins Zwarg

Instituto Ernesto Zwarg

Presidente

14 AGO 2010.

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